quarta-feira, 20 de agosto de 2008

ACORDO ORTOGRÁFICO

Voo Linguístico

Cinco meses antes da data prevista para entrar em vigor, o acordo ortográfico da língua portuguesa já é uma realidade.

Fruto do investimento de milhões de reais, estão chegando às livrarias brasileiras neste mês centenas de títulos - entre didáticos, paradidáticos e obras de referência - convertidos às novas regras, que já tomaram as salas de aula do Estado.

Para os que ainda duvidam que a forma de escrever o idioma vai mudar no dia 1º de janeiro de 2009, coroando esforços de unificação que se arrastam desde 1924, basta abrir um dos 60 mil exemplares do Minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa à venda no país desde 1º de agosto e procurar verbetes como "lingüística", "vôo" e "heróico". Eles não estarão lá. Em seu lugar, entraram as formas novas "linguística", "voo" (por isso, o título desta página parece errado à primeira vista) e "heroico". A trema e o circunflexo em algumas formas verbais e em casos de duplo "o" foram abolidos.

Uma das primeiras obras com a grafia reformada, o Houaiss é uma manifestação concreta de que a mudança é para valer. A conversão da obra consumiu sete meses e R$ 500 mil.-

No dia 1º de janeiro, os dicionários que não contemplarem a reforma estarão automaticamente defasados. Nosso raciocínio, ao lançar o Houaiss adaptado, foi que não faria sentido alguém comprar um dicionário com vida útil de apenas quatro meses - explica o editor Roberto Feith.

Os editores correram para fazer esses lançamentos porque dão como certa a assinatura pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva do decreto que aplica o acordo a partir do ano que vem. Segundo Godofredo de Oliveira Neto, presidente da Comissão de Língua Portuguesa do Ministério da Educação (MEC), a previsão é que a assinatura ocorra em 29 de setembro, centenário da morte de Machado de Assis. Ele afirma que a seguir uma campanha nacional de esclarecimento será lançada.

Também se antecipando à reforma, professores de língua portuguesa começaram a ensinar as novas regras no Estado. No Colégio Vicentino Santa Cecília, de Porto Alegre, a novidade chegou em maio, quando a ratificação do acordo pelo Parlamento português levou o Brasil a movimentar as engrenagens da mudança. A professora Anna Regina Souza iniciou o trabalho levando aos alunos de 5ª e 6ª séries reportagens sobre o assunto.

- Achei melhor fazer isso agora porque esses estudantes já começaram a aprender as regras antigas e vão precisar se adaptar. Cada um deles vai produzir um pequeno livro aplicando a ortografia nova, para servir como um manual das mudanças - diz.

No Colégio Champagnat, também da Capital, estudantes de Ensino Médio compareceram na manhã de sexta-feira ao Laboratório de Informática e compararam na internet as diferenças entre textos portugueses e brasileiros. Os alunos deveriam avaliar o impacto que o acordo terá sobre os textos.

Transição vai até 31 de dezembro de 2012

Nas escolas estaduais, a nova ortografia deve ser ensinada em lugar da atual a partir do próximo ano letivo. Maria Teresa Rossi, da divisão de Ensino Médio da Secretaria Estadual da Educação, afirma que, mesmo existindo um período de transição no qual as duas formas serão válidas, não há razão para continuar a lecionar uma norma em vias de ser abolida.

- Seria marcar passo - defende.

Pela proposta de implantação do acordo elaborada pela comissão presidida por Oliveira Neto, a transição vai até 31 de dezembro de 2012. É um intervalo durante o qual a atual e a nova ortografia serão igualmente legais. Isso significa, por exemplo, que os estudantes poderão escrever as redações do vestibular com a forma ortográfica que preferirem. A PUCRS estuda até mesmo aceitar já em dezembro, quando realiza seu concurso, a nova ortografia na Redação.

No caso dos livros didáticos, os editores não tiveram a mesma folga para se adaptar. Por decisão do MEC, todos os livros de 1ª a 5ª séries distribuídos pelo governo federal nas escolas públicas já deverão ser na nova ortografia em 2010. Isso significa 80 milhões de exemplares reescritos. Como o processo de seleção dessas obras está ocorrendo neste ano, 1.239 títulos de 36 editoras já foram convertidos para poder participar da escolha. Pelas exigências do governo federal, os livros de 5ª a 9ª série deverão estar corrigidos em 2011, e os de Ensino Médio, em 2012.

A disputa pelo mercado do ensino privado também levou as editoras a se mexer. Como os estabelecimentos escolhem neste ano as obras que vão adotar no próximo, linhas inteiras de didáticos e paradidáticos estão sendo impressas com a grafia que só vai existir no ano que vem.
ITAMAR MELO10/08/2008

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2107266.xml&template=3898.dwt&edition=10446§ion=76

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O EFEITO DO RISO

O riso pode apresentar um aspecto físico, cognitivo e emocional.


Ao escutar uma piada, daquelas que nos fazem disparar a rir, são produzidos na boca uma série de sons vocálicos que duram de 1/16 segundos e repetem a cada 1/15 segundo. Enquanto os sons são emitidos, o ar sai dos pulmões a mais de 100 Km/h.

Uma gargalhada provoca aceleração dos batimentos cardíacos, elevação da pressão arterial e dilatação das pupilas. Os adultos riem em média 20 vezes por dia, e as crianças até dez vezes mais. Rir é um aspecto tão inerente à existência humana que esquecemos como são interessantes esses ataques repentinos de alegria.

Por que as pessoas riem quando escutam uma piada? Segundo o escritor húngaro Arthur Kostler (1905-1983), o riso é um reflexo de luxo, que não possui utilidade biológica.

Entretanto a Natureza não investe em algo inútil, acredita-se que o impulso de rir possa ter contribuído para a sobrevivência no decurso da evolução.

A gelotologia que pesquisa sobre o riso, aponta que esta é a mais antiga forma de comunicação.

Os centros da linguagem estão situados no córtex mais recente, e o riso origina-se de uma parte mais antiga do cérebro, responsável pelas emoções como o medo e a alegria. Razão pela qual o riso escapa ao controle consciente. Não se pode dar uma boa gargalhada atendendo a um comando, muito menos é possível reprimi-la.

O riso pode apresentar um aspecto físico, cognitivo e emocional. Acontecimento este, que não reduz o senso de humor a uma única região do cérebro.

Rir, achar algo engraçado, é um processo complexo, que requer várias etapas do pensamento.

Equipe Brasil Escola

sábado, 16 de agosto de 2008

MUDANÇA DE GRAFIA - MUDANÇA DE SIGNIFICADO

Quando uma pequena mudança de grafia faz uma enorme mudança de significado.
- A gente e agente

a) A gente = nós; o povo, as pessoas.

Exemplo: Nós vamos à praia este fim de semana. (Forma mais culta.) .
A gente vai à praia este fim de semana. (Forma mais popular.)

b) Agente = indivíduo encarregado, responsável por determinada ação: aquele que age. Agente possui também outros significados.
Exemplo: Meu pai é agente de viagens da Varig.

- Bebedouro ou bebedor d'água

............. Internauta me passou e-mail, inconformado com a inscrição que há na estação rodoviária de Araçatuba: "bebedor d'água". Bebedor é aquele que bebe muito.
Exemplo: Joaquim é um bom bebedor de cerveja.
"Bebedouro", segundo o Aurélio, é designação genérica de diferentes tipos de aparelhos ligados à rede hidráulica de edifícios, que fornecem água a temperatura normal ou gelada, e que permitem beber sem necessidade de copo, muito utilizados em escolas, fábricas, escritórios, lojas, etc. Que tal o administrador fazer a correção: bebedouro d'água?
Araçatuba gosta de dar demonstração aos visitantes de que cuida mal do português. As placas colocadas nos canteiros centrais da av. Brasília é um exemplo evidente disso.

- QUE POBREZA!
............ O certo é mendicância e não mendigância, como algumas pessoas falam. Ocorre aqui uma contaminação fonética indevida por causa do verbo mendigar.

- UM ERRO QUE NÃO DÁ PARA DISFARÇAR
............No dia-a-dia, certas palavras tendem a mudar de rosto. Já se vêem pessoas falarem (e escreverem) desfarce em lugar de disfarce. Talvez a confusão se deva à semelhança com o verbo desfazer, por meio de contaminação fonética.

- NÃO CONFUNDA ALHOS COM BUGALHOS
............A semelhança fonética de duas palavras não supõe que signifiquem a mesma coisa ou sejam escritas do mesmo modo. Três exemplos para evitarmos tropeços: peão (empregado, operário) e pião (brinquedo infantil); soar (produzir som) e suar (transpirar); xeque (soberano árabe) e cheque (documento bancário).

- CAINDO A MÁSCARA
............Cada palavra tem o seu significado próprio. Desmistificar é bem diferente de desmitificar. Desmistificar uma pessoa é desmascará-la, mostrar que não é uma santinha e que não merece confiança. Desmitificar um artista, por exemplo, é apenas revelar que ele é uma pessoa comum, e não um mito.

- QUEM NÃO CHORA NÃO MAMA
............Por vezes uma letrinha pode ser decisiva na hora de grafar uma palavra. E um descuido pode causar problemas sérios. Por exemplo: na maternidade, quem é lactante e quem é lactente?
Lactante é a mãe ou uma mulher que amamenta a criança de peito. Já o lactente é o bebê que está em idade de mamar. E quem não chora...

- Diferença
............Uma letra faz a diferença. E que diferença! O Correio Braziliense desconhece a regra. Escreveu ''ataque eminente'' em vez de ''iminente''. Eminente quer dizer importante, de alta qualificação (eminente deputado). Iminente significa prestes a acontecer: A queda dos juros parece iminente.

Da equipe RESENHAS: resenhas@resenhas.com

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A IMAGEM EM FOCO - 2º ANO







Moças à margem do Sena; Verão (1857), de Gusteve Courbet.










Depois de ler e pesquisar sobre o Realismo, observe o quadro de Gustave Courbet, o fundador do realismo na pintura e responda às questões propostas.

1 - O título do quadro dá pistas importantes para sua compreensão. Além disso, observe alguns detalhes da tela como o buquê de flores que uma das moças tem sobre o corpo, uma bolsa com tom vermelho vivo na parte direita superior e um barco ancorado na margem do rio.
a) Em que lugar estão as moças retratadas?
b) Como provavelmente as moças chegaram a esse lugar?
c) O que supostamente foram fazer lá?
d) O que porvavelmente estavam fazendo, antes de se deleitarem para descansar?

2 - Na pintura clássica, era comum as personagens e as cenas retratadas fazerem parte de uma história conhecida, quase sempre da mitologia. Na pintura romântica, havia preferência por painéis grandiosos,dramáticos, cheios de emoção. Tais características se verificam no quadro em estudo? Justifique sua resposta com características das personagens do quadro.

3 - Na pintura romântica, tanto a natureza quanto os seres humanos são retratados de forma especial, elevada, grandiosa. As personagens, destacadas por sua beleza ou pela grandiosidade da situação, dão sempre a impressão de estar posando para o pintor. Observe as personagens do quadro de Courbet.
a) As duas moças apresentam uma beleza idealizada?
b) Na sua opinião, o ambiente natural tem um papel decisivo na significação do quadro ou é um cenário comum?
c) As personagens parecem estar posando para o pintor ou parecem ter sido flagradas num momento de descontração e intimidade? Por quê?

4 - a) Quais dos seguintes sentimentos e sensações é possível depreender do quadro de Courbet?
. Sentimento místico . tédio
. Sensualidade . preguiça
. calor . delicadeza
. sonolência . alegria
. amor
b) Logo, o quadro parece estar interessado em captar aspectos físicos e materiais ou interiores espirituais?

5 - Considerando as respostas dadas na questão anterior, conclua: A obra em estudo é mitológica, grandiosa, dramática idealizada, ou é uma obra que se aproxima do real?

6 - Leia os dois comentários, um do próprio Courbet e outro de um crítico de arte:

I - "A pintura é uma arte essencialmente concreta, e não pode consistir senão na representação de coisas reais e existentes." (Gustave Courbet)

II - " Courbet quer viver a realidade como ela é, nem bela nem feia: para chegar a isso, não tendo outro caminho, desfaz-se de todos os esquemas, preconceitos, convenções, tendências do gosto. Para tocar a verdade, ele elimina a mentira, a ilusão, a fantasia. Tal é o seu realismo, princípio antes moral do que estético." (Giulio C. Argan)
Confronte-os com o quadro em estudo e responda: A tela Moças à margem do sena; Verão corresponde aos princípios estéticos defendidos por Caourbet e aos comentários feitos pelo crítico? Justifique.

Sucesso em sua tarefa.

Fonte: Cereja, William Roberto. Português: linguagens: vol. 2: ensino médio. 5. ed. - São Paulo: Atual, 2005

A linguagem do Realismo, do Naturalismo e do Parnasianismo - 2º Ano




Os quebradores de pedra (1850), de Gustave Coubert.

Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores realistas se empenharam em retratar o homem e a sociedade em conjunto. Não bastava mostrar a face sonhadora e idealizada da vida, como haviam feito os românticos; era preciso mostrar a face nunca antes revelada: a do cotidiano massacrante, do casamento por interesse, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo, da impotência do ser humano comum diante dos poderosos.





Arrufos (1887), de Belmiro Barbosa de Almeida.

O quadro demonstra o preocupação dos artistas da época do Realismo em retratar a vida conjugal e a condição da mulher no casamento. No quadro, a posição da mulher - sentada no chão e de costas para o marido - e a rosa caída no chão se compõem ao ar de superioridade do marido, sentado no sofá, num plano acima da esposa. O que teria levado o casal à briga? Quem teria levado a pior?


Vaso chinês, dinastia Qing - Museu Britânico.



A arte sobre a arte. Distanciados dos problemas sociais, alguns parnasianos dedicaram-se a tematizar em seus poemas a própria arte. Por exemplo, descrevem com precisão obras de arte, como vasos, peças de escultura, lápides tumulares, bordados, etc. Com esse procedimento, restringiram ainda mais o princípio da arte pela arte, que se transformou em arte sobre arte.


Na segunda metade do século XIX, a literatura européia buscou novas formas de expressão, sintonizadas com as mudanças que ocorriam em diferentes setores: filosófico, científico, político, econômico e cultural. A renovação na literatura manifestou-se na forma de três movimentos literários distintos na França: o Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo. O realismo teve início com a publicação de Madame de Bovary (1857), de Gustave Flaubert; o Naturalismo, com a publicação de Thérèse Raquim, de Émile Zola; e o Parnasianismo, com a publicação das antologias parnasianas intituladas Parnasse contemporain (a partir de 1866).

Embora guardem diferenças formais e ideológicas, essas três tendências apresentam alguns aspectos comuns: o combate ao romantismo, o resgate do objetivismo na literatura e o gosto pelas descrições.
De modo geral, pode-se dizer que o Naturalismo é uma espécie de Realismo científico, enquanto o Parnasianismo é um retorno da poesia ao estilo clássico, abandonado pelos românticos.

A seguir você verá alguns tópicos sobre a linguagem da prosa realista:


1 - A descrição é um recurso utilizado tanto na prosa romântica quanto na prosa realista, mas com finalidades diferentes.

2 - Preocupada em retratar a realidade de modo objetivo, quase documental, a prosa realista geralmente é marcada pelo registro preciso do tempo e do espaço e pela narrativa lenta como forma de captar as sutilezas dos personagens com o propósito de observar o ser humano em sua totalidade, tanto exteriormente quanto interiormente. O retrato interior das personagens - isto é, a focalização dos seus conflitos, pensamentos, anseios, reflexões, desejos, etc. - chamado de introspecção psicológica.

3 - O romantismo supervaloriza o indivíduo e suas particularidades. Já o realismo, mesmo trabalhando em profundidade a personagem, tende a buscar nela aquilo que é universal, isto é, comum a cada um de nós e que define a nossa condição humana.

A linguagem da prosa naturalista

l - Um procedimento característico da prosa naturalista é apresentar o ambiente físico e social detalhadamente, como se o narrador estivesse munido de uma máquina fotográfica com lentes do tipo zum, que lhe permitisse compor e decompor os detalhes de cada coisa.

2 - A sua linguagem caracteriza-se pela adoção de uma postura analítica e científica diante da realidade. Por isso, faz uso freqüente da narração impessoal e de descrições minunciosas, com muitas sugestões visuais, oflativas, táteis, e auditivas.

3 - A prosa naturalista tem preferência pelo retrato de agrupamentos coletivos.

4 - No retrato das personagens, predomina a abordagem física e social.

5 - Os homens e mulheres são vistos por uma perspectiva biológica, em que se destaca o seu lado físico, instintivo, animal, por vezes até degradante.

A linguagem da poesia parnasiana

1 - Diferentemente do Realismo e do Naturalismo, que se propunham a descrever, analisar e criticar a realidade, os parnasianos defendiam o princípio da arte pela arte , isto é, achavam que a poesia devia voltar-se para si mesma, em busca da perfeição formal.

2 - O poeta parnasiano tende a abordar temas de uma forma racional e objetiva.

Boa leitura!
Fonte: Cereja, William Roberto. Português: linguagens: vol. 2: ensino médio. 5. ed. - São Paulo: Atual, 2005

FIQUE LIGADO! PESQUISE!

Para você ampliar os seus conhecimentos sobre a literatura realista, naturalista e parnasiana sobre o contexto da época, veja algumas sugestões:

VÍDEOS

A sedutora Madame de Bovary, de Vicente Minnelli; Germinal, de Claude Berri; Sacco e Vanzetti, de Giuliano Montaldo; Os companheiros, de Mário Monicelli; Tempos Modernos, de Charles Chaplin; Brás Cubas, de Júlio Bressane; O primo Basílio de Daniel Filho; O cortiço, de Francisco Ramalho Jr.; Memória póstumas, de André Klotzel; O crime do padre Amaro, de Carlos Carrera; Os Maias, de Luis Fernando Carvalho; Dom, de Moacyr Góes.

LIVROS

Madame Bovary, de Gustave Flaubert (Ediouro); Ilusões perdidas, de Honoré de Balzac (Ediouro); Germinal, de Émile Zola (Hemus); O vermelho e o negro, de Sthendal (Globo); Os irmãos Karamazov, de Dotoiesvski (Ediouro); Guerra e paz e Anna Karenina, de Léon Tolstoi (Itatiaia e Ediouro); A brasileira dos prazins, de Camilo Castelo branco (Nova Fronteira); O primo Basílio, Os maias e o Crime do padre Amaro, de Eça de Queirós (Ática); Memórias póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e Quincas Borba, de Machado de Assis (Ática); Capitu, de Lygia Fagundes Telles e Paulo Emilio Salles Gomes (Siciliano); O cortiço, Casa de pensão e o Mulato, de Aluísio de Azevedo (Ática); O missionário, de Inglês de Souza (Ática); O Xangô de Baker Street, de Jô Soares (Companhia das Letras); Antologia de poesia brasileira - Realismo e Parnasianismo (Ática).

ARTES PLÁSTICAS

Conheça a pintura realista, principalmente as obras de Gustave Courbet, Daumier e do pré-realista Millet. Pesquise em livros como: Para entender a arte, de Robert Cumming (Ática); História da pintura, de Wendy Beckett (Ática); Estilos, escolas e movimentos, de Charles Harrison (Cosac e Naify).

PESQUISA

Pesquise sobre correntes filosóficas e científicas como o positivismo, de Augusto Comte; o determinismo, de Hipolyte Taine; o evolucionismo de Charles Darwin; o socialismo científico, de Max e Engels.

SITES
carosamigos.terra.com.br/do_site/so_no_site03.asp
www.ponteiro.com.br/arte/paint11/franc4.htm
www.mundocultural.com.br/literatura1/
nilc.icmc.sc.usp.br/literatura/movimentosliter.rios.htm
www.sitedeliteratura.com/literatura.htm

Fonte: Cereja, William Roberto. Português: linguagens: vol. 2: ensino médio. 5. ed. - São Paulo: Atual, 2005

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

ERROS POPULARES - 2

Veja a seguir uma lista com os principais erros cometidos na linguagem do dia-a-dia, seja na fala ou na escrita. Aprenda e divirta-se!

Não existe evento beneficiente. Existe evento beneficente.
Você não vai gospir. Vai cuspir.
O peixe não tem espinho, mas sim espinha (dorsal).
Se você é homem, diga obrigado. Se for mulher, diga obrigada.

Não diga "fazem dois anos". O verbo fazer, quando designa tempo, é impessoal. O correto é "faz dois anos".

Nunca diga "haviam muitas pessoas no local". Neste caso, o verbo haver não tem um sujeito com quem concordar, pois ele tem o sentido de existir. Logo, o correto é "havia muitas pessoas no local".
Minha mãe pediu para eu fazer, para eu comprar e não para mim fazer ou para mim comprar.

É bastante comum, principalmente no telemarketing, o uso excessivo do gerúndio. Não diga "vou estar mandando", "vou estar verificando" e sim "vou mandar", "vou verificar". Por exemplo, se você disser: "esta semana estarei lhe enviando um e-mail", pode parecer que passará a semana toda enviando um e-mail para a pessoa. Portanto, prefira dizer "esta semana irei lhe enviar um e-mail".

Você não come mortandela. O que você come é mortadela.
Aquele sujeito deitado na rua não é um mendingo, mas sim um mendigo.
Ninguém toma iorgute. Todos tomam iogurte.
A janela do seu banheiro não é uma vasculhante, mas sim uma basculante.
Seu sapato não possui cardaço, mas sim cadarço.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

PRODUÇÃO ESCRITA - ATIVIDADE PARA 2º E 3º ANO

A notícia e a reportagem
Na época em que o romantismo florescia, surgiram na Europa e no Brasil os primeiros jornais. Embora fossem bem diferentes dos jornais de hoje, neles é que a maior parte dos romances foi publicada, em forma de folhetim (a história era publicada aos poucos). Junto com esses folhetins, difundiam-se também as notícias e, depois, também reportagens, os dois principais gêneros jornalísticos, os quais certamente você já conhece.

Tanto a notícia quanto na reportagem são formas de relatos.

Numa notícia, relata-se um fato recém-ocorrido, que seja supostamente de interesse público: um crime, um evento político, um acontecimento que, de tão inusitado, torna-se interessante, etc.

Quanto à reportagem, é esse o nome que se dá à matéria jornalística resultante de um trabalho de pesquisa ou de investigação sobre um fato de sociedade. Assim, o que distingue basicamente uma notícia de uma reportagem é que a primeira está necessariamente ligada a um acontecimento, e a segunda não.

Do ponto de vista formal, há também algumas diferenças:

A notícia é geralmente mais curta e se caracteriza como um texto essencialmente narrativo, centrado no acontecimento noticiado.
O primeiro parágrafo da notícia chama-se lead, deve conter cinco informações básicas sobre o acontecimento:
· O que aconteceu;
· Quem provocou esse fato;
· Quando e onde aconteceu;
· Por quê.Os demais parágrafos podem trazer detalhes, explicações adicionais e justificativas. A reportagem é normalmente mais longa e se caracteriza como um texto que combina narração e explicação. Na reportagem são muito usadas formas de testemunho, convocam-se especialistas para explicar o tema, e por isso há uma presença grande de formas de citação, como o discurso direto e o discurso indireto (consultar a Gramática para compreender o que são esses tipos de discurso).


As atividades propostas a seguir devem ser executadas em grupo.
1 - Selecionar, de jornais e revistas de atualidades, textos que possam ser considerados notícias ou reportagem. Classifica-los como notícia ou reportagem de acordo com as características indicadas anteriormente. Nas notícias, encontrar o lead, e verificar se ele responde às questões o quê?, quem?, quando?, onde?, e por quê?.2 - Verificar se há imagens que compõem ou acompanham esses textos. Em caso afirmativo, qual será a função dessas imagens?
3 -Nos veículos de imprensa pesquisados, há mais notícias ou reportagens? Relacionar sua resposta à finalidade a que se destinam esses veículos.
4 - Um tipo especial de notícia é o fiat divers: trata-se de relatos de casos estranhos, extraordinários, bizarros ou fora do comum. Entre as notícias encontradas, há algum fiat divers?
5 - A cidade é um espaço de múltiplos acontecimentos. A partir de um fato recém-ocorrido em sua cidade, ou, melhor ainda, em seu bairro, elabore uma notícia. Levar em conta as características desse tipo de texto. Lembre-se: um fato noticiável deve ter relevância social, caso contrário, não haveria necessidade de ser noticiado.
Sucesso!!

OS GÊNEROS JORNALÍSTICOS

Esse assunto tem por objetivo incentivar nos alunos a necessidade de ler, interpretar e conhecer criticamente o jornal.

Segundo a classificação tradicional, os gêneros jornalísticos são:

Informativo: textos em que a informação deve ser objetiva e imparcial;
Interpretativo/crítico: a informação é interpretada com base em comparações e análise;
Opinativo: texto que explicita o ponto de vista do jornalista;
De entretenimento: textos destinados à diversão;
A divisão nem sempre atende à classificação de todos os textos presentes no jornal. É o caso, por exemplo, dos textos de serviço (mapas meteorológicos etc.) e os textos especializados. São muitos os tipos de textos que aparecem no jornal, e cada um tem sua forma própria de construção.
A seguir listarei resumidamente alguns tipos de textos, lembrando que cada jornal tem sua forma própria de organização e está sempre procurando inova-las:

ANÚNCIO - Texto com finalidade comercial, institucional ou política. Pode ser a venda de um produto, serviço ou de uma idéia. Ou a indicação de um filme ou evento cultural. A intenção é persuadir o leitor. Às vezes, assume a forma explícita de propaganda; outras, não.
ARTIGO – Texto interpretativo e opinativo, geralmente assinado, que desenvolve um tema ou comenta um assunto.
CARTAS - Textos escritos por leitores e respostas do jornal.
CARTUM - Anedota gráfica critica costumes e hábitos. Pode ser charge.
CHAMADA - Texto curto na primeira página que resume o assunto e remete para a leitura nas páginas internas do jornal.
CHARGE - Do francês charge, desenho humorístico de cunho político.
CRÍTICA - Opinião fundamentada sobre determinado assunto ou manifestação cultural, elaborada a partir de um padrão acadêmico, normalmente escrita por pessoas que entendem profundamente do assunto.
CRÔNICA - Texto livre sobre o assunto do cotidiano. O acontecimento é a matéria do cronista, mas, diferentemente da notícia, a crônica pode criar e comentar o fato, aproximando-se do texto literário.
DECLARAÇÃO TEXTUAL - Reprodução idêntica ao que foi dito, confere credibilidade à notícia. Às vezes vem acompanhado da palavra sic (que significa “assim mesmo”) entre parênteses, ou seja, se há algo estranho ou errado, faz parte da declaração.
EDITORIAL - Texto opinativo expressa o ponto de vista e tendências do jornal.
ENTREVISTA - Recurso para confirmação dos fatos, pode resultar em notícia ou fazer parte de uma reportagem; aparece, às vezes, na forma de pergunta e resposta.
LEGENDA - Texto breve que acompanha uma ilustração ou foto.
LIDE-Resumo inicial a ser desenvolvido no corpo do texto.
MANCHETE - Título principal, publicação de destaque.
MATÉRIA - Nome genérico de tudo aquilo que é publicado no jornal.
NOTÍCIA - Relato de fatos atuais de interesse público.
PROPAGANDA - Texto explicitamente persuasivo na forma e no conteúdo.
REPORTAGEM - É mais do que uma notícia; não só verifica os fatos, mas vai à procura das origens, das causas e dos efeitos. Muitas vezes, ocupa páginas inteiras do jornal. Incluem fotos, ilustrações, textos diversos que integram um mesmo assunto.
TEXTO-LEGENDA-Resumo da notícia ou fato, sem divisão de parágrafos. Pode ser uma chamada de primeira página.

ERROS POPULARES

Veja a seguir uma lista com os principais erros cometidos na linguagem do dia-a-dia, seja na fala ou na escrita. Aprenda e divirta-se!

Você não chega em casa meia cansada.
Você chega meio cansada.
Deixe a meia para colocar no pé.

Você não chega do futebol soando, a não ser que seja um sino.
O correto é suando.

Não use a expressão "a nível de", que é um modismo criado nos últimos anos.
Use "em nível de".
Por exemplo: "O problema será resolvido em nível de diretoria".
A exceção ocorre quando nos referimos a um nivelamento.
Por exemplo: "Esta cidade não fica ao nível do mar".

Elimine as palavras seje e esteje do seu vocabulário, pois elas não existem.
Nunca escreva para um amigo dizendo "seje feliz" ou "espero que esteje bem".

Ninguém tem poblema ou pobrema.
As pessoas têm problemas.

Não havia "menas pessoas" na aula ontem.
Havia "menos pessoas".

Você não apóia a cabeça em um trabisseiro, mas sim em um travesseiro.

Não peça trezentas gramas de queijo.
É O grama e não A grama.

Ele não é di menor, nem di maior.
É simplesmente maior ou menor de idade.

Ninguém desenha um asterístico.
O correto é asterisco.