domingo, 11 de maio de 2008

INFORMAÇÕES SOBRE O ENEM 2008

Enem 2008: inscrições estão abertas

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio de 2008, o Enem, estão abertas até o dia 30 de maio. O interessado pode se inscrever pela internet ou nas agências dos Correios. A prova será realizada no dia 31 de agosto, às 13 horas (horário de Brasília).

Podem se inscrever ao Enem tanto estudantes que vão concluir o ensino médio em 2008 quanto pessoas que já o concluíram em anos anteriores.

Inscrições pelos Correios

Todas as escolas que preencheram o Censo Escolar 2007 vão receber fichas de inscrição. Alunos da rede pública podem retirar a ficha na escola e, depois de preenchida, entregá-la numa das agências dos Correios. A inscrição é gratuita para estudantes das escolas públicas.

Estudantes da rede privada de ensino também podem retirar a ficha na própria escola, mas devem efetuar pagamento de taxa no valor de 35 reais, em qualquer agência bancária, antes de entregar a ficha nos Correios. Quem já finalizou os estudos em anos anteriores, ou seja, o egresso do ensino médio, pode retirar a ficha direto nos Correios e também pagará 35 reais pela inscrição.

Ficam isentos de pagamento os egressos e os concluintes de instituições particulares que se declararem carentes.

Inscrições pela Internet

Para realizar a inscrição via Internet, o interessado deverá acessar a página www.enem.inep.gov.br/inscricao, preencher a ficha e imprimir o comprovante. Quem optar pela inscrição via rede mundial de computadores, no caso de egressos e estudantes de escolas privadas, não poderá solicitar isenção de taxa. Isso porque o sistema gera boleto automaticamente, que deve ser pago em qualquer agência bancária. O boleto estará disponível na página do Inep até o dia 25 de julho.

Necessidades especiais

Os alunos com necessidades educacionais especiais deverão declarar no ato da inscrição o tipo de atendimento de que necessita para a realização do Enem, como condição para que possam receber atendimento apropriado. Para atendimento nas unidades prisionais e hospitalares é necessário que a coordenação desses locais informe diretamente ao Inep a situação de seus matriculados até o dia 13 de junho.

Confirmação

Independente da forma escolhida para inscrição, o aluno receberá, até o dia 18 de agosto, o cartão de confirmação com a hora, data e local da prova, no endereço indicado no ato da inscrição. Se não receber até essa data, o inscrito deverá procurar uma agência dos Correios ou acessar a página do Inep para consultar a escola em que fará o exame.

O exame, que é de caráter voluntário, terá 63 questões objetivas de múltipla escolha, que abrangerão várias áreas de conhecimento, além de uma proposta para a redação. O estudante terá cinco horas para a realização da prova. Aqueles que fizeram a prova em anos anteriores, caso tenham interesse, poderão se inscrever novamente no Enem 2008.

Em 2007, cerca de 3 milhões de alunos se inscreveram no exame. O Enem serve de seleção para distribuição de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni). Os resultados também são utilizados nos processos seletivos de quase 500 Instituições de Ensino Superior (IES).
Resultados
O estudante receberá em casa, a partir da segunda quinzena de novembro, o Boletim Individual de Resultados. O participante poderá também acessar o boletim pela Internet, tendo em mãos o CPF e a senha de acesso.
Veja aqui a portaria que estabelece a sistemática para a realização do Enem 2008.

Assessoria de Imprensa do Inep

Um comentário:

Lucilena disse...

Eliverte,esse poema também é muito legal,mas também é extenso.

Paixão de gramática

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.

Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida.

E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.

Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.

O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.

Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.

Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.

É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.

Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício.

O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.

Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.